Essa notícia, que também foi compartilhada em sites de desinformação, distorceu o real contexto das ações do MST, relacionadas à campanha “Abril Vermelho”, que consiste em ocupações de terras para reivindicar a reforma agrária e outras demandas do movimento, sem nenhum registro de ameaças de incêndio. Até o momento, não há declarações públicas por parte de dirigentes ou membros do MST que confirmem essas acusações.
O Movimento Sem Terra emitiu uma nota oficial refutando as alegações, destacando que tais fake news buscam desviar a atenção das verdadeiras causas dos incêndios, e criminalizar a luta por uma reforma agrária justa e sustentável. Segundo o MST, as queimadas recentes são consequência de um modelo de agronegócio insustentável, marcado pela concentração de terras e uso indiscriminado de recursos naturais.
Enquanto isso, as autoridades continuam investigando os responsáveis pelas queimadas, com nove pessoas presas até o dia 29 de agosto. A Polícia Federal abriu 31 inquéritos para apurar as motivações por trás dessas ações criminosas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acredita que houve um crime orquestrado, mas o governo estadual não vê indícios de uma ação organizada.
Portanto, diante das evidências apresentadas e da posição oficial do MST, fica claro que a notícia que atribui ao movimento a ameaça de incendiar o agronegócio no Brasil antes das queimadas de agosto é falsa e descontextualizada. É importante que as informações sejam sempre checadas e confirmadas antes de serem divulgadas, para evitar a propagação de notícias falsas e desinformação.