Erdogan, que já havia acusado Gulen de estar por trás de uma tentativa de golpe de estado em 2016, prometeu acabar com a influência do líder religioso na Turquia, chegando a chamá-lo e seus seguidores de traidores. Desde então, o país tem se empenhado em combater o movimento Hizmet, com autoridades turcas reiterando recentemente o compromisso de continuar lutando contra o grupo.
A relação entre Gulen e Erdogan teve uma reviravolta significativa em 2013, quando uma investigação de corrupção envolvendo ministros e autoridades próximas ao presidente Erdogan foi atribuída ao movimento Hizmet. Essa acusação marcou o início de um declínio na aliança entre os dois líderes, que antes eram aliados.
O site Herkul, que costuma publicar os sermões de Gulen, informou que ele estava internado em um hospital nos Estados Unidos pouco antes de seu falecimento. A morte do líder religioso marca o fim de uma era de controvérsias e tensões políticas na Turquia, enquanto o país continua sua luta contra o terrorismo e tenta se recuperar dos eventos que abalaram sua estabilidade nos últimos anos.