Repórter São Paulo – SP – Brasil

Extrema direita vence na Alemanha Oriental em eleição parlamentar da UE, causando preocupação entre sobreviventes do Holocausto e campos de concentração.

O resultado das eleições para o Parlamento Europeu causou uma profunda preocupação entre os sobreviventes do Holocausto e dos campos de concentração e extermínio alemães. Segundo o vice-presidente executivo Christoph Heubner, esse desfecho representa um ponto de inflexão deprimente para essas pessoas, que veem com tristeza o avanço de partidos nacionalistas e de extrema direita em diversos países europeus.

O Comitê responsável por defender a memória do Holocausto destacou que a Europa está perdendo sua essência e esquecendo as lições do passado, quando partidos extremistas promoveram massacres e horrores durante a Segunda Guerra Mundial. A ascensão dessas ideologias contrárias aos valores europeus é vista com grande preocupação, especialmente diante do fato de que muitos desses movimentos mantêm relações com herdeiros da extrema direita que contribuíram para a tragédia do século passado.

Um dos exemplos citados é o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que conquistou o primeiro lugar em todos os cinco estados federais da antiga Alemanha Oriental nas eleições europeias. A presença de uma deputada que é neta de um dos principais ministros de Adolf Hitler na AfD levanta questionamentos sobre a influência e as intenções desses grupos políticos.

Em meio a esse cenário preocupante, Christoph Heubner fez um apelo para que os demais partidos do Parlamento Europeu se unam para proteger a ideia europeia e resistir à agitação e ao incitamento das forças extremistas de direita. Para os sobreviventes do Holocausto, a integração europeia é vista como a melhor resposta para evitar a repetição dos erros do passado e garantir a paz e a solidariedade entre os povos do continente. A esperança é de que a história não se repita e que a memória das vítimas seja honrada através da defesa dos valores europeus.

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