Extrema-direita em ascensão: a necessidade de regar os cravos da democracia em Portugal e no Brasil

Na última eleição em Portugal, o partido Chega, liderado por André Ventura, ganhou destaque por suas posições extremistas e suas conexões com o passado autoritário do país. Um dos líderes do partido, Pedro Pessanha, chegou a celebrar o 25 de Abril, data da Revolução dos Cravos que derrubou a ditadura de Salazar, colocando a foto do próprio Salazar em suas redes sociais. Esse tipo de atitude mostra como a história política do país ainda está presente e como há divisões profundas na sociedade portuguesa.

André Ventura, atual líder do partido, também utiliza símbolos do passado autoritário, como o lema do Estado Novo “Deus, Pátria e Família”, em suas campanhas, adaptando-o para incluir apenas a palavra “Trabalho”. Essa estratégia demonstra a tentativa de resgatar elementos do passado autoritário de Portugal e trazê-los para o presente, o que pode ser preocupante para o futuro da democracia no país.

A eleição recente mostra a importância de garantir que a democracia funcione no dia a dia das pessoas. A democracia não é algo garantido, é um sistema que precisa ser constantemente nutrido e fortalecido. Caso contrário, a extrema-direita e outros grupos autoritários podem encontrar espaço para atuar e conquistar seguidores com promessas enganosas. No Brasil, já vimos os efeitos desastrosos desse tipo de discurso.

Portanto, é fundamental que os valores democráticos sejam cultivados diariamente. Não existe um “piloto automático” para a democracia, é necessário um esforço contínuo de todos os cidadãos para garantir que as conquistas do passado não se percam. Tanto em Portugal quanto no Brasil, é essencial estar atento e engajado na defesa da democracia e dos direitos fundamentais de todos os cidadãos.

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