Exposição no Museu da Imigração mostra impacto das migrações forçadas por eventos climáticos extremos em todo o mundo

Uma questão cada vez mais presente no cenário mundial é o deslocamento de populações vulneráveis devido às mudanças climáticas. Com o aumento das temperaturas e o aumento da ocorrência de eventos extremos de chuva e seca, muitas comunidades se veem obrigadas a abandonar suas casas em busca de segurança e condições de vida adequadas. Essas migrações forçadas não apenas resultam na perda de territórios, mas também no abandono de modos de vida tradicionais que estavam intrinsecamente ligados aos locais de origem.

É com o intuito de refletir sobre essas histórias e os riscos envolvidos que a exposição “Mova-se! Clima e Deslocamentos” inaugura no Museu da Imigração, em São Paulo, neste sábado (27). Realizada em parceria pelo Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e pela Organização das Nações Unidas (ONU), a mostra utiliza fotografias e vídeos para retratar os desafios enfrentados pelas comunidades em diferentes partes do mundo, além de resgatar crises climáticas passadas, como a Grande Seca que assolou o Nordeste brasileiro no final do século 19.

Dentre os fotógrafos convidados para expor seu trabalho na mostra, destaca-se Lalo de Almeida, da Folha de S.Paulo, premiado recentemente no World Press Photo, renomada premiação de fotojornalismo. Suas imagens capturadas no Pantanal, na Amazônia e no Quênia oferecem um olhar sensível e impactante sobre as consequências das mudanças climáticas na vida das pessoas.

“A arte é um valioso recurso para mostrar às pessoas o impacto desses deslocamentos motivados pelo clima”, ressalta Silvia Rucks, coordenadora residente da ONU no Brasil. A exposição permanecerá em cartaz no Museu da Imigração até janeiro de 2025, convidando o público a refletir sobre as consequências das mudanças climáticas e os desafios enfrentados pelas populações vulneráveis ao redor do mundo.

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