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Explosões de walkie-talkies causam mortes no Líbano em meio a escalada de conflito com Israel

Nesta quarta-feira (18), o Líbano foi palco de mais um episódio sangrento após a ação coordenada que explodiu pagers de integrantes do Hezbollah. Desta vez, o país registrou detonações de walkie-talkies usados pelo grupo extremista, resultando na morte de pelo menos 26 pessoas e deixando mais de 3.000 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Os walkie-talkies, populares nas décadas de 1980 e 1990, eram utilizados pelo Hezbollah para evitar o monitoramento de Israel. Tanto o grupo quanto o governo libanês acusam Tel Aviv pelo ataque, suspeita reforçada por autoridades americanas, que apontam digitais israelenses na ação. Enquanto o governo de Binyamin Netanyahu não nega nem confirma o envolvimento no caso.

O Hezbollah, aliado do Hamas e apoiado pelo Irã, controla o sul do Líbano e tem representação no Parlamento. Com Netanyahu incluindo a volta dos moradores deslocados no norte do país como um objetivo da guerra, o governo falou em uma possível nova frente de conflito, consolidando a escalada na região.

O podcast Café da Manhã desta quinta-feira (19) aborda o novo momento da guerra no Oriente Médio e analisa os desdobramentos do caso dos pagers e walkie-talkies. A professora de relações internacionais Danielle Ayres, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Política Internacional, Segurança e Defesa da Universidade Federal de Santa Catarina, foi entrevistada no programa.

O Café da Manhã é publicado diariamente no começo do dia no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Lucas Monteiro e Paola Ferreira Rosa, e edição de som por Raphael Concli e Thomé Granemann.

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