A previsão inicial da associação era de um crescimento de 15,6 quilômetros para 2023, englobando também obras em Fortaleza e São Paulo, como a linha 9-Esmeralda, cuja entrega está programada para 2024. No entanto, desde 2019, o avanço total foi de apenas 16,9 quilômetros no Brasil, impactado negativamente pela pandemia de Covid-19, que ainda repercute nos sistemas de metrô e trem.
Apesar dos desafios enfrentados, o número médio de passageiros transportados por dia aumentou em 6% no último ano, totalizando 8,19 milhões. Contudo, esse número ainda não recuperou 80% da média diária pré-pandemia, segundo o presidente do conselho da ANPTrilhos, Joubert Flores. Ele ressaltou que as mudanças de comportamento, como o crescimento do e-commerce e do trabalho híbrido, impactaram a demanda por transporte público.
O sistema metroferroviário do Brasil é composto por 48 linhas e 631 estações, distribuídas em 12 das 27 Unidades da Federação. Atualmente, há 16 operadores, sendo a maioria concessionários. Trens urbanos representam a maior parte da rede (536 km), seguidos por metrôs (307,5 km), VLTs (274,6 km), monotrilho (14,5 km) e people mover (0,8 km).
A expectativa da ANPTrilhos é incorporar mais 20 quilômetros e 17 estações à rede até o final deste ano, superando o total acumulado entre 2019 e 2023. Além disso, 66 quilômetros de expansão estão em construção, previstos para serem concluídos em cinco anos. A pesquisa também revelou que 65% dos passageiros utilizam o transporte público sobre trilhos para se deslocar até o trabalho.