Atualmente, as universidades federais operam cerca de 50 estações, a maior parte delas integrando a RNCP, que conta com 111 emissoras de rádio e TV no país. Com a entrada em operação das novas estações, o número de emissoras operadas por universidades federais pode quase triplicar, além de mais que dobrar a rede pública de rádio e aumentar significativamente a de televisão.
A expansão da RNCP significa a adição de 51 novas emissoras de rádio e 49 canais de TV, totalizando 91 emissoras e 118 canais. Octavio Pieranti, assessor da Secretaria de Política Digitais da Secom, ressaltou a importância política desse movimento, evidenciando a maior expansão da comunicação universitária e pública da história.
Com o avanço da internet, surgem questionamentos sobre o espaço das emissoras universitárias no campo das emissoras públicas. No entanto, essa expansão oferece uma oportunidade única para fortalecer essas emissoras e ampliar seu alcance e influência, promovendo uma nova voz para as comunidades e diversificando os conteúdos na mídia brasileira.
Além disso, as emissoras públicas, especialmente as universitárias, permitem que a sociedade participe da gestão e programação dos canais, abrindo as janelas para que a população contribua com a programação. A integração das universidades federais à RNCP promete impactar de forma significativa a disseminação de ideias desafiadoras e a promoção do debate sobre temas cruciais.
No entanto, é fundamental ressaltar que essa expansão não acontece sem investimentos. Montar uma emissora de televisão é uma tarefa onerosa, mas é um investimento em boa informação, garantindo a diversidade e a pluralidade. A Secom e a EBC têm dialogado com institutos federais e universidades públicas estaduais e municipais que também se integrarão à RNCP em breve, buscando fortalecer cada vez mais a comunicação pública no Brasil.