Expansão da Lei Antidesmatamento da UE para o Cerrado se torna urgência para ativistas ambientais.

No ano passado, uma lei foi aprovada, proibindo a importação de produtos como cacau, café, soja, óleo de palma, madeira, carne bovina ou borracha, caso provenham de áreas desmatadas após dezembro de 2020. Esta legislação visa combater o desmatamento e a degradação ambiental, demonstrando um compromisso com a preservação da natureza.

No entanto, a definição de floresta estabelecida na lei não inclui o Cerrado, um bioma que abrange partes do Brasil, Paraguai e Bolívia. O Cerrado é uma região de grande importância, fornecendo uma parte significativa das importações europeias de soja. A Comissão Europeia pretende examinar a possibilidade de expansão da lei para abranger outros ecossistemas e produtos, mas para ativistas como Xunakalo, a situação é considerada uma emergência.

Segundo Isabel Figueiredo, do Instituto Sociedade, População e Natureza, metade do Cerrado já foi destruída, dando lugar a plantações de soja, cereais e algodão. Apesar de ser pouco conhecido fora do Brasil, o Cerrado é considerado a savana mais rica em biodiversidade do planeta. Além disso, a região possui nascentes que alimentam as bacias hidrográficas de todo o país, sendo conhecida como o “berço das águas”.

A preservação do Cerrado é crucial não só para a biodiversidade local, mas também para a manutenção dos recursos hídricos e da qualidade de vida das populações que dependem dessas áreas. A pressão para incluir o Cerrado na lei de proibição de importações de produtos de áreas desmatadas após 2020 continua a crescer, à medida que mais pessoas se conscientizam sobre a importância desse bioma para o equilíbrio ambiental global.

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