Exoesqueletos de nova geração oferecem esperança a pacientes com lesões graves em evento na Rede Lucy Montoro.

Exoesqueletos de nova geração oferecem esperança para pacientes com limitações físicas

Após passar por uma cirurgia de 17 horas para a remoção de um tumor cerebral, Helena Torres Souza, de 70 anos, viu sua vida mudar drasticamente. Antes ativa e participante de corridas de rua, a ex-professora de educação física se viu com a mobilidade dos membros comprometida devido à lesão nos neurônios motores. O caso de Helena, assim como o de Levi Silva Castro, 25, que sofreu um acidente de moto e lesionou as vértebras C3 e C4, é um exemplo de como a vida pode mudar repentinamente.

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No entanto, a esperança de recuperar a mobilidade e independência está mais próxima para esses pacientes. Recentemente, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro realizou testes com dois exoesqueletos de nova geração, trazidos do exterior. O evento contou com a presença de equipes do jornal Folha e do programa Fantástico, da TV Globo. Os dois modelos testados foram o Atalante X, da francesa Wandercraft, e o exoesqueleto da ExoAtlet, empresa russa adquirida por uma companhia sul-coreana.

Os testes foram acompanhados pela presidente do Conselho Diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação da USP, Linamara Rizzo Battistella. Ela destacou o desejo de encontrar um modelo flexível que atenda a um grande número de pessoas com limitações funcionais e que possa ser produzido no Brasil. A possibilidade de desenvolvimento de um exoesqueleto nacional conta com o apoio de diversos profissionais e da expertise adquirida com o uso do Lokomat, equipamento de geração anterior.

Durante os testes, os pacientes puderam experimentar a sensação de voltar a andar. Helena, depois de uma sessão com o Atalante X, descreveu a experiência como “uma sensação de bem-estar” e expressou o desejo de um dia poder levar o equipamento para casa. Enquanto isso, Levi ressaltou a importância de expandir a disponibilidade dos aparelhos para outras unidades de saúde, particularmente no SUS (Sistema Único de Saúde), para que mais pessoas tenham acesso a esse tipo de tecnologia.

De acordo com o médico fisiatra da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, André Sugawara, os exoesqueletos trazem benefícios que vão além da mobilidade, ajudando a diminuir a osteoporose, melhorar problemas intestinais, urinários e musculares, além de propiciar um melhor condicionamento cardiovascular. Para os pacientes, a sensação de voltar a andar representa um passo importante no processo de reabilitação e no aumento do bem-estar.

Diante dos avanços na tecnologia dos exoesqueletos, a criação de um modelo nacional é um objetivo ambicioso, mas alcançável. Com a colaboração de profissionais e pesquisadores da USP, a expectativa é que, em um futuro próximo, o acesso e a disponibilidade desses equipamentos sejam ampliados, proporcionando esperança e uma chance de recuperação para mais pessoas. A presidente do Conselho Diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação da USP, Linamara Rizzo Battistella, acredita que a tecnologia deve ser acessível a todos e que, nos próximos anos, o desenvolvimento de um exoesqueleto nacional possibilitará que mais pessoas possam desfrutar dos benefícios proporcionados por essa inovação.

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