De acordo com informações levantadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, um documento do Exército foi divulgado dias após a discussão, mas os militares afirmaram que já estava em processo de elaboração anteriormente. Esse documento gerou debates sobre as diretrizes da instituição e a interferência nas liberdades individuais.
O pesquisador Caio Vieira Machado criticou as medidas adotadas pelo Exército, considerando-as desproporcionais. Ele questionou a legitimidade da instituição em decidir o que é verdade e o que não é, bem como em restringir manifestações e opiniões políticas dos cidadãos. Para Machado, o Exército está assumindo um papel de moderador sem limites ou contrapesos, podendo cercear críticas políticas e à própria instituição, direitos garantidos aos cidadãos.
Por outro lado, integrantes do Exército afirmaram que a moderação dos comentários não significa censura, mas sim uma forma de dar transparência às exclusões e bloqueios de conteúdos considerados radicais. Críticas duras, desde que sejam feitas com “urbanidade”, não serão removidas.
Diante desse cenário, a discussão sobre a liberdade de expressão e o papel das instituições militares na era digital continuam em pauta, levantando questionamentos sobre até onde vai a moderação e a garantia dos direitos individuais dos cidadãos em um ambiente virtual cada vez mais influente e diversificado.