Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ex-presidente da Volkswagen comparece ao tribunal no primeiro dia de julgamento do escândalo do dieselgate após nove anos da descoberta.

O ex-presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, foi o protagonista do primeiro dia de julgamento do chamado escândalo do dieselgate, nove anos após a descoberta de fraudes nos testes de emissões de gases poluentes pela montadora alemã. Winterkorn, que foi destituído do cargo em 2015, compareceu ao tribunal na cidade central de Braunschweig nesta terça-feira.

O julgamento marca o ápice de um caso que já perdura por mais de cinco anos e ocorre em um momento crucial para o futuro das unidades alemãs da Volkswagen, que buscam cortes de bilhões de euros em custos. As acusações criminais contra Winterkorn incluem fraude, manipulação de mercado e falso testemunho perante um comitê parlamentar, além de não ter informado rapidamente ao mercado de capitais sobre a manipulação dos motores a diesel em 2015.

O ex-executivo, de 77 anos, negou todas as acusações através de seu advogado, que afirmou que Winterkorn não prejudicou investidores nem mentiu ao comitê de investigação. O ex-presidente-executivo enfrenta problemas de saúde, o que causou atrasos no início do julgamento.

Winterkorn compareceu ao tribunal vestindo um terno azul escuro e afirmou aos repórteres que estava se sentindo bem. Ele negou ter participado das decisões para instalar os dispositivos manipuladores nos veículos da Volkswagen.

Se considerado culpado, Winterkorn poderá enfrentar uma multa ou até mesmo uma pena privativa de liberdade. Este é o primeiro julgamento que o ex-executivo enfrenta desde que se envolveu no escândalo do dieselgate. A expectativa é de que o desfecho deste caso envolvendo a Volkswagen seja acompanhado com atenção pela indústria automotiva e pelos investidores.

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