Ex-presidente da Apae de Bauru vira réu por morte de funcionária em meio a escândalo financeiro e desvio de verbas.

No mês de agosto, Cledson, em entrevista ao portal UOL, levantou a hipótese de que a morte da funcionária da Apae de Bauru estivesse relacionada a questões financeiras. Segundo ele, o ex-presidente da instituição, Roberto, indicou que estava fazendo retiradas de valores da entidade e repassando para a vítima, que também teria sido quem o indicou para ocupar o cargo de presidente. A investigação aponta para um possível “rombo” no caixa da Apae, má gestão da entidade e conflitos de interesse entre os dois.

A polícia teve um avanço crucial nas investigações com a análise de imagens de uma câmera de segurança em Novo Jardim Pagani. O vídeo mostrou Cláudia, a funcionária assassinada, saindo do banco do motorista e indo para o banco de trás do veículo, onde foi encontrada a maior quantidade de sangue, enquanto Roberto assumia a direção do carro.

De acordo com a investigação, o ex-presidente teria disparado um tiro na vítima logo após trocarem de lugar no veículo. Outras câmeras de segurança registraram Roberto seguindo pela Rodovia Cezário José de Castilho com o objetivo de se livrar do corpo da funcionária.

A defesa de Roberto negou veementemente que seu cliente tenha confessado o crime, seja de maneira formal ou informal. O advogado Leandro Pistelli afirmou que seu cliente nega as acusações e ressaltou que, apesar da polícia ter coletado fragmentos de ossos, não há laudo ou perícia que os identifique como sendo de Cláudia. A investigação continua em andamento para esclarecer todos os detalhes desse trágico acontecimento.