As palavras do presidente e do general Paulo Sergio Nogueira, bem como dos demais ministros presentes, revelaram uma agenda de ataque institucional, motivada pelo temor de que Lula viesse a vencer a eleição. Isso levou à convocação de uma manifestação supostamente pacífica, mas que tinha como objetivo oculto pregar o golpe.
A estratégia de Bolsonaro, que inclui a disseminação de fake news e a retórica do medo do comunismo, reflete um padrão de desespero diante da possibilidade de perder o poder. Isso ficou evidente nas palavras de Anderson Torres, que afirmou que todos ali “vão se foder” se Lula ganhar. Essas são atitudes de desespero de quem se vê ameaçado.
O presidente também tentou legitimar sua convocação ao apelar para a defesa do “estado democrático de direito” e pedir que os participantes do evento não levassem faixas ou cartazes contra ninguém. Isso mostra uma tentativa de mascarar a verdadeira natureza do ato, que é um ataque direto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro afirmou que o objetivo do evento é se defender das acusações que têm recebido nos últimos meses. No entanto, fica claro que sua intenção real é mobilizar uma base de apoiadores para demonstrar força e pressionar as instituições.
Diante desse contexto, é evidente que o ato organizado pelo presidente é mais do que uma simples manifestação. Trata-se de uma tentativa desesperada de se manter no poder, mesmo que isso signifique desrespeitar as instituições democráticas do país.