Segundo o relato, Kawara foi atendida pelo médico em 2018, em um hospital particular, por sintomas de depressão. Posteriormente, ela teria continuado buscando atendimento na clínica onde o profissional trabalha, dando início ao stalking. As mensagens e fotos enviadas por Kawara ao médico eram consideradas perturbadoras, muitas vezes simulando suicídio. Além disso, ela passou a fazer ameaças, o que levou o médico a interromper o atendimento.
A perseguição se estendeu também à família do médico, com Kawara ligando constantemente para sua esposa e filho, chegando a enviar mais de 1.300 mensagens em um único dia e efetuando mais de 500 ligações em outra ocasião. Mesmo após trocar de celular diversas vezes, o médico relatou que a ex-paciente sempre conseguia descobrir seu novo número, utilizando mais de 2 mil números diferentes para realizar contatos.
Além das comunicações invasivas, Kawara é suspeita de perseguir o médico nas ruas e de ter invadido seu consultório em diversas ocasiões, chegando até mesmo a ser acusada de furto de celular. Atualmente, a modelo está detida preventivamente por outra acusação de furto qualificado e por descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça.
A defesa de Kawara nega as acusações e afirma que ela não cometeu os crimes pelos quais é acusada. Enquanto isso, o médico e sua família seguem em tratamento contra quadros de pânico decorrentes da situação de perseguição vivenciada nos últimos anos. A prisão de Kawara e o desenrolar desse caso de stalking continuam gerando repercussão e preocupação na comunidade local.
