A participação nas eleições foi de aproximadamente 40%, abaixo das expectativas dos líderes religiosos do Irã e com relatos de locais de votação em Teerã e outras cidades que não estavam lotados, conforme testemunhas informaram à Reuters. A agência de notícias Tasnim do Irã indicou que um segundo turno era muito provável para a escolha do próximo presidente, após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero, ocorrido 50 dias antes do pleito.
O momento da eleição coincide com a escalada da tensão regional devido aos confrontos entre Israel e os aliados iranianos Hamas e Hezbollah, bem como a crescente pressão do Ocidente sobre o Irã por conta de seu programa nuclear. Embora não se espere uma mudança significativa nas políticas da República Islâmica, o resultado da eleição pode ter impacto na sucessão do líder supremo Khamenei, de 85 anos, no poder desde 1989.
A participação eleitoral buscava lidar com a crise de legitimidade causada pelo descontentamento público com dificuldades econômicas e restrições à liberdade política e social. O próximo presidente não deve promover grandes mudanças na política nuclear do Irã ou no apoio a grupos milicianos no Oriente Médio, uma vez que Khamenei tem a palavra final. No entanto, o presidente pode influenciar a política externa e doméstica do país, de acordo com suas atribuições dentro do governo iraniano.