Dirceu ressaltou que na Venezuela o voto é impresso e depositado em urnas, o que torna o sistema seguro e inviolável. Além disso, ele criticou a postura da mídia brasileira em relação às eleições venezuelanas, argumentando que muitos veículos de comunicação partem do pressuposto de que Nicolás Maduro só pode ter vencido por meio de fraude.
O ex-ministro também apontou para a presença de setores golpistas na oposição venezuelana, os quais estariam alinhados com interesses norte-americanos que apoiaram sanções contra o país. Dirceu defende que não é possível afirmar a existência de fraude sem a devida conferência das atas e elogiou a postura de países como Brasil, México e Colômbia, que se posicionaram de forma correta diante das eleições venezuelanas.
Recentemente, o PT emitiu uma nota oficial em que defende a legitimidade e soberania das eleições na Venezuela, classificando-as como democráticas. No entanto, essa declaração gerou discordâncias internas no partido, com algumas lideranças apontando para a falta de debate prévio sobre o assunto.
Diante dessas declarações de José Dirceu e da postura do PT, fica evidente a complexidade e as divergências políticas em torno do tema das eleições venezuelanas, bem como a influência de diferentes atores e interesses no cenário político internacional.