O que mais chamou a atenção nesse caso foi o fato de Thiago José dos Santos não possuir nenhum conhecimento ou experiência prévia na área que comanda. De acordo com seu currículo público, o diretor é formado em teologia, uma ciência que estuda as fés e as religiões, o que levanta questionamentos sobre sua capacidade e competência para lidar com questões relacionadas à política de armazenagem de alimentos.
A ligação entre Santos e o ex-deputado Neri Geller trouxe à tona uma série de suspeitas sobre possíveis favorecimentos e nepotismo no processo de indicação para cargos de alto escalão na Conab. A descoberta de que uma empresa ligada a um ex-assessor de Geller, com vínculos familiares com o seu filho, arrematou diversos lotes no leilão emergencial de arroz apenas intensificou as críticas e a pressão sobre o governo.
Diante da gravidade dos fatos revelados pela imprensa, o governo anunciou a exoneração de Neri Geller e a iminente demissão de Thiago José dos Santos da Conab. A falta de afinidade com o setor, somada às denúncias de irregularidades, tornaram insustentável a permanência desses envolvidos nos cargos que ocupam.
Com isso, a população aguarda por respostas e ações concretas por parte das autoridades competentes para garantir a lisura e a transparência nos processos de gestão pública, evitando que situações como essa se repitam no futuro. A sociedade clama por ética e responsabilidade na administração dos recursos e das políticas públicas, para que casos de corrupção e tráfico de influência sejam devidamente investigados e punidos.