Segundo o pesquisador, a aproximação entre a família Bolsonaro e o estrategista político americano Steve Bannon, conhecido por ter sido o braço direito de Donald Trump, foi fundamental para esse movimento. A partir de 2017, houve uma articulação entre essas duas partes, com o intuito de fortalecer o conservadorismo no Brasil. Eventos, atividades e investimentos foram organizados com a finalidade de unir forças e consolidar essa agenda.
Além disso, a presença de think tanks de extrema direita dos Estados Unidos no Brasil também teve um papel relevante nesse contexto. A mobilização não foi direcionada especificamente para os evangélicos, mas sim para segmentos conservadores, especialmente os jovens. A integração entre evangélicos brasileiros e grupos da extrema direita americana, como o Tea Party e o Capitol Ministries, foi essencial para fortalecer essa aliança.
O impacto desse movimento conservador no Brasil se deve também à atuação coordenada de diversos setores da sociedade, como pastores, políticos, empresários, teólogos e leigos. Essa estratégia, que teve início há aproximadamente uma década, foi fundamental para criar uma base sólida e influente dentro do cenário político brasileiro.
Dessa forma, é possível observar que a ascensão do conservadorismo evangélico no Brasil é fruto de uma série de fatores e articulações políticas, que visam fortalecer essa corrente ideológica dentro da sociedade. O impacto desse segmento, hoje em dia, pode ser notado através da sua presença ativa e influente em diversos setores da sociedade brasileira.