A ideia de criação desse escudo conta com o apoio do presidente francês, Emmanuel Macron, que sugeriu a disponibilização do arsenal atômico francês para atuar como uma espécie de barreira contra ameaças de Moscou na União Europeia. O tema será um dos principais a ser discutido na agenda da conferência, que também abordará outros assuntos como a crise na Ucrânia, a guerra em Gaza, a tensão com Taiwan e a segurança cibernética.
Com a presença de cerca de 50 chefes de Estado e de governo, além de diversos ministros de Estado, a conferência em Munique promete ser um fórum de debates e diálogos intensos. A abertura do evento contará com a participação do secretário-geral da ONU, António Guterres, que trará suas contribuições para os temas em pauta.
Destaca-se a presença do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que participará pessoalmente do evento pela primeira vez desde o início da invasão russa. Em seu discurso, Zelenski deverá abordar a necessidade urgente de apoio e aprovação de um novo pacote de ajuda de 60 bilhões de dólares dos Estados Unidos pelo Congresso americano, diante das dificuldades enfrentadas pela Ucrânia.
Diante da importância desses debates e da presença de líderes de peso, a conferência em Munique promete ser um marco para as relações internacionais e a segurança global. A possibilidade de os europeus buscarem maneiras de se proteger de ameaças externas sem depender exclusivamente dos Estados Unidos é um ponto de virada significativo e merece atenção e análise cuidadosas.