Estudo revela influência de grupos de extrema direita nas redes sociais e conexões internacionais preocupantes com Bannon e Tea Party

Pesquisadores das universidades federais UFF e UFRJ realizaram um estudo entre novembro do ano passado e janeiro de 2024, financiado pela Fundação Heinrich Böll. O estudo investigou 191 atores sociais de extrema direita, agrupados em políticos, influenciadores, blogs ou sites e antidemocráticos. Os resultados revelaram que a maioria desses atores são homens brancos, influenciadores, políticos e lideranças religiosas.

Entre os perfis com maior engajamento no campo evangélico estão nomes como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O estudo também apontou que o Twitter, agora chamado de “X”, é a mídia mais utilizada pelos perfis extremistas, seguido por Instagram, Facebook e YouTube.

No último 8 de janeiro, aniversário dos atos golpistas em Brasília, postagens com ataques contra o STF se multiplicaram em perfis de extrema direita nas redes sociais. Essas postagens buscavam separar a manifestação do vandalismo, imputando a desordem ao governo e colocando o STF como o verdadeiro inimigo da democracia.

Além disso, o estudo revelou uma série de conexões internacionais entre os evangélicos de extrema direita no Brasil e grupos americanos, como o Tea Party e o Capitol Ministries. Essas conexões contribuíram para a projeção desses evangélicos nas redes e para sua influência política.

Os pesquisadores ainda identificaram uma rede internacional de prostituição infantil, fake news envolvendo o suicídio de Jéssica Canedo e a tentativa de golpe. Todos esses temas foram explorados pelos extremistas para disseminar suas narrativas e atacar opositores. A pesquisa aponta que o impacto dessas narrativas continuará nas próximas eleições municipais, influenciando o campo conservador.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo