Repórter São Paulo – SP – Brasil

Estudo prevê aumento das temperaturas em todo o Estado de São Paulo e alerta para eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas.

Um estudo recente realizado por cientistas utilizou quatro tipos de previsões do tempo, conhecidos como modelos climáticos, para analisar os possíveis impactos das mudanças climáticas no estado de São Paulo. Esses modelos foram aprimorados por um modelo regional chamado Regional Eta do CPTEC/INPE.

Os pesquisadores investigaram dois cenários futuros distintos: um em que as emissões de poluentes são reduzidas (RCP 4.5) e outro em que as emissões continuam em níveis elevados (RCP 8.5). Esses cenários são representados pelo termo RCP, que significa “Caminho de Concentração Representativa”, e indicam a quantidade de gases poluentes, como o dióxido de carbono, que estarão presentes na atmosfera até o ano 2100.

Ao considerarem a temperatura máxima anual, os cientistas identificaram que haverá um aumento generalizado em todo o estado de São Paulo. As temperaturas máximas podem subir entre 3ºC e 4ºC, chegando até 6ºC na região central do estado. No entanto, as regiões litorâneas, como a Baixada Santista e o litoral norte, devem ter aumentos menores devido à influência moderadora do oceano, com variações de 0,5°C a 1,5°C.

Além disso, tanto o litoral quanto as demais regiões do estado enfrentarão outros tipos de eventos extremos, como alternância entre períodos de seca e chuvas intensas, que podem resultar em escorregamentos de encostas, inundações e erosões. As ondas de calor também devem se tornar mais frequentes e prolongadas, com projeções de 25 a 50 dias adicionais no sul do estado, mesmo no cenário mais otimista.

Diante dessas projeções alarmantes, fica evidente a urgência de adotar medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade e resiliência do estado de São Paulo diante dos desafios futuros.

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