Estudo mostra que aumento da temperatura e acidificação dos oceanos ameaçam a sobrevivência dos tubarões pata-roxa até 2100.

O avanço da crise climática tem sido motivo de preocupação para diversos especialistas em todo o mundo. Um recente estudo revelou que a vida dos tubarões pode estar em risco devido às alterações no ambiente marinho, como o aumento da temperatura e a acidificação dos oceanos.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pela investigação, a combinação desses fatores tem levado a um preocupante aumento na mortalidade dos embriões de tubarão pata-roxa, espécie mais comum na Europa. Estima-se que a taxa de sobrevivência desses animais possa cair drasticamente, de 81% para 11%, até o ano de 2100.

Os resultados do estudo foram publicados na renomada revista científica Science Direct e chamaram a atenção da comunidade científica mundial. Os pesquisadores realizaram testes em três cenários distintos, sendo um de controle e dois com base em projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas.

No cenário mais otimista, em que há um avanço significativo no combate às mudanças climáticas, o aumento na temperatura dos oceanos seria de 2,7ºC, com uma redução de 0,2 no pH. Já no cenário mais pessimista, em que a exploração dos combustíveis fósseis continua desenfreada, a temperatura poderia subir até 4,4ºC, e o pH sofreria uma queda de 0,4.

Durante o estudo, que teve a duração de 10 meses, os pesquisadores observaram o desenvolvimento dos embriões de tubarão nos primeiros quatro meses e, nos seis meses seguintes, registraram o crescimento dos animais que conseguiram sobreviver. Os resultados mostraram que mesmo variações mensais na temperatura e no pH dos oceanos podem ter um impacto significativo na sobrevivência dos tubarões.

Diante dessas descobertas, os pesquisadores enfatizam a importância de considerar essas variações mensais no desenvolvimento de estratégias de conservação e combate às mudanças climáticas. A preservação dos oceanos e de suas espécies marinhas, como os tubarões, torna-se cada vez mais urgente diante do cenário climático atual.

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