Este estudo, que se baseou em diversas pesquisas sobre a Covid longa em crianças, ressalta que a doença pode afetar múltiplos órgãos do corpo. Segundo a revisão, de 10% a 20% das crianças nos EUA que tiveram Covid desenvolveram a Covid longa. No entanto, especialistas alertam que as estimativas de prevalência têm ressalvas, já que alguns estudos analisaram apenas a pequena porcentagem de crianças hospitalizadas devido à doença.
A maioria dos pais não deve se preocupar com o desenvolvimento da Covid longa em seus filhos, afirmou Stephen Freedman, professor de pediatria e medicina de emergência na Universidade de Calgary Cumming School of Medicine.
Os sintomas da Covid longa em crianças são desafiadores de estudar, pois são variados e podem se manifestar de forma diferente em adultos. Alguns dos sintomas mais frequentemente relatados são fadiga, confusão mental e dores de cabeça. Além disso, casos mais graves podem apresentar problemas respiratórios e cardiovasculares persistentes, incluindo miocardite e diabetes.
Não há medicamentos aprovados para tratar a Covid longa em crianças, por isso os médicos se concentram em controlar os sintomas e ajudar os pacientes a funcionarem no dia a dia. É importante que as escolas façam acomodações para crianças que estão enfrentando a condição, incluindo pausas durante o dia e tempo extra para testes.
Um caso ilustrativo é o de Lucas Denault, que desenvolveu sintomas como dificuldades para andar e dores de cabeça após um diagnóstico leve de Covid. Após ser diagnosticado com Covid longa, ele recebeu prescrições para controlar sintomas como fadiga e confusão mental e teve melhora significativa. No entanto, ainda não está claro qual será o impacto desses sintomas prolongados no desenvolvimento das crianças a longo prazo.
Diante deste cenário, os médicos recomendam que os pais observem atentamente o comportamento de seus filhos e busquem orientação médica caso identifiquem quaisquer mudanças significativas após a infecção por Covid-19.