Estudo da CVM mostra que vítimas de pirâmides financeiras são propensas a cair novamente no esquema, revela pesquisa.

Estudo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), divulgado na última quinta-feira (11), revelou que pessoas que foram vítimas de esquemas de pirâmides financeiras têm maior tendência a serem enganadas novamente por esse tipo de golpe.

O levantamento realizado com 1.377 pessoas cadastradas no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da CVM mostrou que 45% dos participantes não conseguiram identificar as características de uma pirâmide financeira. Além disso, 29,5% afirmaram já ter investido em pirâmides no passado.

O estudo utilizou a escala de Likert para medir a propensão dos participantes em relação a investimentos irregulares de alto e baixo risco. Os resultados indicaram que aqueles que foram vítimas de pirâmides no passado apresentaram maiores chances de aderir a um investimento irregular de alto risco em comparação com os que nunca caíram nesse tipo de esquema.

Os pesquisadores da FGV-Ebape responsáveis pelo estudo ressaltaram que a principal descoberta foi a predisposição das vítimas de pirâmides a reinvestir nesse tipo de esquema. Segundo eles, isso traz um novo entendimento para a prevenção e combate a pirâmides financeiras, bem como na criação de estratégias mais assertivas para combater investimentos fraudulentos.

O estudo também destacou que o gênero foi o único fator significativo na decisão de investir em esquemas fraudulentos, com participantes do sexo masculino apresentando maior propensão a investir do que as mulheres. Outros fatores como renda, escolaridade e idade não influenciaram significativamente nas decisões.

Além disso, o estudo apontou que as vítimas de esquemas fraudulentos apresentaram maior propensão a riscos, confiança em suas habilidades de decisão, menor aversão a perdas e baixa tendência à organização. Também foi observado que essas pessoas têm maior inclinação a influenciar novas pessoas a investir nesse tipo de esquema.

Diante desse cenário, especialistas recomendam que os investidores verifiquem as taxas de juros, busquem referências sobre as empresas nas quais pretendem investir, evitem o “efeito manada” e busquem orientação especializada e certificação por instituições reguladoras, como a CVM.

Portanto, é essencial que os investidores estejam atentos aos sinais de pirâmide financeira e sigam as dicas de prevenção para evitar cair em golpes. A conscientização e educação financeira são fundamentais para a proteção dos investidores contra esses esquemas fraudulentos.

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