Repórter São Paulo – SP – Brasil

Estudantes ocupam prédio histórico da Universidade Columbia em protesto pró-Palestina em Nova York, desafiando punições da reitoria

Estudantes da Universidade Columbia, localizada em Nova York, protagonizaram uma ocupação inesperada na madrugada da última terça-feira (30). O ato de resistência se deu horas depois que a instituição determinou que os manifestantes retirasse o acampamento que haviam montado em apoio à Palestina no campus universitário.

Diante da imposição da reitoria de suspender os estudantes que participavam do protesto, um grupo decidiu adentrar o histórico edifício acadêmico Hamilton Hall como resposta. Utilizando mesas, eles ergueram barricadas na entrada do prédio, demonstrando seu comprometimento com a causa.

De acordo com o New York Times, muitos dos jovens ocupantes estavam equipados com capacetes, óculos de segurança e máscaras. Uma estudante chegou a utilizar um martelo para quebrar parte do vidro de uma porta, em um ato simbólico de resistência.

É importante ressaltar que, ao punir os alunos envolvidos no protesto, a universidade optou por reprimir os atos sem recorrer à atuação das forças de segurança e detenções em massa, como ocorreu anteriormente no campus e desencadeou uma onda de protestos em outras instituições nos Estados Unidos.

As reivindicações dos manifestantes incluem que a universidade rompa os laços com empresas que apoiam as Forças Armadas de Israel, transparência nas finanças da instituição e anistia para os alunos e professores que foram punidos por participarem dos protestos.

Este episódio de ocupação estudantil remete a abril de 1968, quando alunos da mesma universidade se uniram em protesto contra planos para a construção de um ginásio universitário em um parque público e contra o envolvimento da instituição em pesquisas de armamentos. Naquela ocasião, quase mil ativistas foram retirados do campus pela polícia em uma das maiores prisões em massa da história de Nova York.

O Hamilton Hall já foi palco de ocupações anteriores, em 1972 durante protestos contra a guerra e em 1985 durante uma greve contra o apartheid na África do Sul. A história de resistência e manifestação política da Universidade Columbia parece estar viva e pulsante, se mantendo como uma tradição importante na instituição de ensino.

Sair da versão mobile