Repórter São Paulo – SP – Brasil

Estudantes da Unam protestam contra ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e solidarizam-se com manifestantes nos EUA

Estudantes da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) mostraram solidariedade aos manifestantes nos Estados Unidos e repudiaram a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza ao acamparem em frente à reitoria da instituição, na capital mexicana. Com bandeiras palestinas hasteadas e barracas montadas, os estudantes pediram que o governo mexicano rompa relações diplomáticas e comerciais com Israel.

Valentina Pino, 19 anos, estudante de Filosofia e Letras, destacou que a presença deles no acampamento é para apoiar a Palestina e as manifestações nos Estados Unidos. Jimena Rosas, de 21 anos, também aluna da mesma faculdade, expressou a expectativa de que a manifestação se estenda para outras universidades mexicanas.

Os protestos estudantis nos EUA em solidariedade aos palestinos em Gaza já aconteceram em trinta universidades americanas. O movimento, que já resultou na morte de mais de 34 mil palestinos de acordo com o Hamas, é considerado a maior onda de protestos estudantis no país desde as marchas contra o racismo em 2020, em resposta ao assassinato de George Floyd.

A situação se tornou tensa em universidades americanas, com confrontos entre estudantes e forças de segurança. Na UCLA, mais de 130 pessoas foram presas após a intervenção policial no acampamento pró-Palestina. Em outra universidade, a Dartmouth, 90 manifestantes foram presos sob acusações de invasão criminosa e resistência à prisão. Já na Universidade Fordham, em Manhattan, ocorreu a terceira prisão em massa em 24 horas na cidade de Nova York.

Os debates sobre liberdade de expressão, antissemitismo e censura também foram levantados a partir das manifestações estudantis, que demostram um movimento global de solidariedade e resistência em relação aos conflitos em Gaza e as violações de direitos humanos que ocorrem na região.

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