Repórter São Paulo – SP – Brasil

Estudante chinesa se veste como personagem de jogo eletrônico para conquistar fãs em encontros românticos virtuais

A jovem Xu Yunting, de 18 anos, estudante em Xangai, vem chamando a atenção ao se vestir como um personagem masculino de jogos eletrônicos para conquistar suas fãs mulheres. Essa prática, cada vez mais popular na China, reflete a influência dos jogos digitais e seus personagens na vida real.

Xu Yunting se transforma em Jesse, um músico alto e sensível do jogo “Light and Night”, usando maquiagem, lentes de contato e uma peruca laranja brilhante. O jogo da Tencent, lançado em 2021 na China, permite criar avatares e estabelecer relacionamentos virtuais com personagens fictícios, tornando-se um grande sucesso entre as jovens chinesas, que se encantam com o realismo dos protagonistas.

Feng Xinyu, de 19 anos, é uma dessas fãs que prefere a companhia dos personagens de anime do que dos homens 3D da vida real. Ela destaca a preferência pelos personagens digitais por serem mais atraentes e interessantes, demonstrando a forte ligação que os jogadores criam com esses avatares.

Além disso, alguns jogadores levam a imersão a um novo patamar, contratando os serviços de cosplayers para transformar esses personagens virtuais em realidade. No caso de Xu Yunting interpretando Jesse, os encontros com as fãs proporcionam momentos de diversão e romance, em locais como estações de metrô, salões de chá, oficinas de decoração de bolos e restaurantes tradicionais chineses.

Os especialistas destacam que esses encontros de “cosplay” oferecem um relacionamento ideal e fictício, que pode preencher a necessidade de suporte emocional e respeito das mulheres. Esses encontros também têm impacto na visão das mulheres sobre os relacionamentos na vida real, levando-as a ter exigências mais elevadas e não se contentar com companheiros medíocres.

No entanto, a prática do “cosplay” também gera questionamentos e reflexões, tanto por parte dos envolvidos quanto da sociedade em geral. A mãe de Xu Yunting ressalta que a atividade da filha é um passatempo que leva alegria aos outros, mostrando que, apesar das críticas, o cosplay pode exercer um papel positivo na vida das pessoas.

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