Ao longo das últimas semanas, o Itamaraty tem atuado nos bastidores para que uma resolução fosse considerada no Conselho de Segurança da ONU, pedindo uma trégua ou a suspensão dos ataques. No entanto, o fracasso dessa tentativa revelou a debilidade das instituições internacionais e a necessidade de uma reforma.
Diante dessa situação, o governo brasileiro enxerga a Corte Internacional de Justiça como uma alternativa viável para garantir a interrupção da ofensiva militar em Gaza. Apesar dos limites claros dessa estratégia, como a resistência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em acatar decisões da corte, o Brasil vê nessa abordagem uma possibilidade de pelo menos tentar resolver a situação imediata dos palestinos.
Essa iniciativa do governo brasileiro reflete a frustração com a ineficácia das instituições internacionais em lidar com crises como a do Oriente Médio. A percepção é de que o fracasso do Conselho de Segurança da ONU em impor um cessar-fogo ou a incapacidade da Assembleia Geral da ONU de fazer valer suas resoluções não podem ser considerados como ponto final do esforço pela paz na região.
É claro que a utilização da Corte Internacional de Justiça como forma de pressionar Israel a interromper os ataques não é garantia de sucesso, mas mostra a determinação do governo brasileiro em buscar alternativas eficazes diante de um impasse diplomático. Resta agora aguardar o desenrolar dos acontecimentos e ver se essa estratégia inovadora terá algum impacto positivo na situação do conflito entre Israel e Palestina.
