Estradas ilegais intensificam invasões em terras indígenas na Amazônia, alerta especialista

Em meio a um cenário de tensão e pressão política, a questão do desmatamento na Terra Indígena Apyterewa ganha destaque como uma situação preocupante e que precisa ser urgentemente contida. Segundo especialistas, frear o avanço da destruição nessa região é crucial para evitar que o mesmo ocorra na Trincheira Bacajá, outro território indígena ameaçado pela ação ilegal de invasores.

De acordo com Rodrigues, um dos principais desafios é o controle do desmatamento na Apyterewa, que já vem sendo alvo de intensas invasões e ocupações ilegais. Isso tem colocado em risco a segurança dos indígenas que habitam a região, e há o temor de que a mesma situação se repita na Trincheira Bacajá.

Os focos de incêndio na Trincheira Bacajá estão concentrados em duas estradas ilegais, que servem como portas de entrada para invasores e grileiros. Uma delas, conhecida como “estrada do Mogno”, foi aberta em 2019 para o escoamento de madeira ilegal e como forma de promover novas invasões. A ligação entre as duas terras indígenas tem sido um motivo de preocupação para organizações que lutam pela preservação ambiental e dos direitos dos povos originários.

A destruição da Vila Renascer, uma das principais frentes de invasão na região, evidencia a gravidade da situação e a urgência de medidas eficazes para conter o avanço da degradação ambiental. A pressão política e os conflitos em torno da operação de desintrusão da Apyterewa ressaltam a complexidade do problema e a necessidade de um engajamento mais decisivo por parte das autoridades competentes.

Diante desse contexto, a preservação das terras indígenas e o combate ao desmatamento ilegal se colocam como desafios fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar das comunidades tradicionais que dependem dessas áreas para sua sobrevivência e preservação cultural. A conscientização e a mobilização da sociedade civil são essenciais para pressionar por ações efetivas que possam frear o avanço da destruição e assegurar a proteção desses territórios tão importantes para a biodiversidade e para a manutenção dos modos de vida tradicionais.

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