Estiagem no sul amazônico causa alterações na paisagem de pontos turísticos como Alter do Chão

A estiagem no sul amazônico está causando impactos na paisagem e na vida das pessoas em Alter do Chão, distrito de Santarém, no Pará. O rio Tapajós atingiu um nível de 1,58 metros nesta terça-feira (3), a marca mais baixa desde 2010. Essa seca histórica está mudando drasticamente a aparência das principais praias da região, conhecida como o “Caribe da Amazônia”.

Banhistas agora podem andar em um ponto do rio onde antes havia água suficiente para nadar. Essa situação não é tão surpreendente para essa época do ano, que é considerada o verão amazônico e, portanto, já é esperada uma estiagem. No entanto, a baixa no nível do rio está além da média e está afetando a região do balneário.

Algumas comunidades do entorno de Alter do Chão estão enfrentando escassez de água potável. Felizmente, a vila balneária em si não teve problemas com o abastecimento de água. O coordenador da Defesa Civil de Santarém, Darlison Maia, afirmou que os serviços em Alter do Chão estão funcionando normalmente.

A seca também afetou outros pontos turísticos em Alter do Chão. O canal que liga a vila à Ilha do Amor, que normalmente é atravessado de canoa, agora está seco o suficiente para que os banhistas possam atravessar a pé. Próximo ao centro de atendimento ao turista, as vigas da ponte estão à mostra e um lago secou, resultando na morte de alguns peixes e quelônios.

Essa situação também afetou o serviço dos catraieiros, que transportam os passageiros de canoa pelo rio Tapajós. Os turistas agora estão atravessando a ilha a pé, e aqueles que precisam pegar lanchas estão caminhando até um quilômetro para chegar a um ponto navegável do rio.

As previsões indicam que os meses de outubro, novembro e dezembro de 2023 serão mais secos do que o habitual na região Norte do Brasil. No Pará, a área afetada pela seca aumentou de 48% para 59% do território nos meses de julho e agosto, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Diante da seca nos rios Tapajós e Amazonas, a Capitania Fluvial de Santarém está recomendando que os comandantes de embarcações redobrem os cuidados na navegação. É importante estar atento aos bancos de areia e evitar a navegação noturna em trechos críticos. A Marinha também alerta para rajadas de vento que podem causar naufrágios.

A situação da seca no sul amazônico é preocupante e está afetando tanto a paisagem quanto a vida das pessoas em Alter do Chão. As autoridades estão trabalhando para minimizar os impactos e garantir a segurança na região.

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