A tensão entre Guiana e Venezuela tem crescido devido à pretensão do país vizinho de anexar a província de Essequibo, que corresponde a cerca de 70% da Guiana e é rica em petróleo. Esta disputa pelo território é histórica e acontece ao menos desde 1899, com a Venezuela argumentando que a zona marítima em frente a Essequibo pertence ao país. Por outro lado, a Guiana disse ter entrado em contato com órgãos internacionais para preservar suas fronteiras.
Diante deste cenário, a embaixada norte-americana anunciou que, em colaboração com a Força de Defesa da Guiana, o Comando Sul dos EUA vai conduzir operações de voo com a Guiana em 7 de dezembro. Este exercício tem como objetivo estimular o entrosamento de rotina e as operações para melhorar a parceria de segurança entre os Estados Unidos e a Guiana, além de fortalecer a cooperação regional.
Além disso, o Comando Sul dos EUA vai continuar sua colaboração com as Forças de Defesa da Guiana em áreas como preparação para desastres, segurança marítima e aérea, e combate a organizações criminosas transnacionais.
A manifestação dos Estados Unidos como parceiros de segurança da Guiana representa um movimento estratégico diante do conflito em questão, demonstrando apoio e disposição para garantir a defesa do território guianense. Este posicionamento também visa a fortalecer os laços de cooperação entre os dois países e evidenciar o comprometimento dos Estados Unidos com a segurança e estabilidade da região, em meio a um contexto de crescente rivalidade geopolítica na América Latina.
A questão da disputa territorial entra em um novo cenário geopolítico com a recente intervenção dos Estados Unidos, ampliando as possibilidades de solução e medição do conflito entre Guiana e Venezuela. Este anúncio reforça a influência e presença do país norte-americano na região, bem como a importância estratégica da Guiana neste contexto de rivalidades regionais.