Desde o início da invasão promovida por Vladimir Putin, os EUA têm sido enfáticos na proposta de confisco desses ativos, enquanto países europeus temem que tal medida possa violar a lei internacional. A discussão sobre o uso desses recursos é antiga e tem ganhado destaque nas recentes negociações internacionais.
De acordo com informações do The New York Times, o G7 pretende basear sua proposta em um empréstimo de aproximadamente US$ 50 bilhões para a Ucrânia, visando a reconstrução da infraestrutura do país, fortemente afetada pelas ações russas nos últimos meses. A cúpula que reúne os líderes das sete principais economias globais acontece de quinta a sábado e promete ser crucial para a definição de medidas que possam ajudar a resolver a crise na região.
As sanções americanas foram anunciadas enquanto o presidente Joe Biden embarcava para a Itália, onde já se encontra. As medidas visam minar a capacidade da Rússia de fazer negócios com o restante do mundo e manter sua economia e esforço militar na Ucrânia em funcionamento.
O contexto eleitoral, tanto nos EUA quanto na Europa, também influencia as discussões do G7. A possibilidade de uma reeleição de Trump, que já manifestou uma relação próxima com Putin, traz incertezas sobre o futuro apoio dos EUA à Ucrânia. Além disso, o avanço da extrema-direita em países como França e Alemanha também é tema de preocupação, com o aumento da influência de partidos eurocéticos, o que pode impactar nas decisões políticas em relação à crise na Ucrânia.
Após o G7, uma conferência será realizada na Suíça para discutir a paz na Ucrânia, sem a presença da Rússia e com algumas ausências significativas, como China, Brasil, África do Sul e Turquia. O desfecho das próximas reuniões internacionais será fundamental para a definição de medidas que possam ajudar a estabilizar a região e enfrentar os desafios trazidos pelos conflitos.