Repórter São Paulo – SP – Brasil

Estado de calamidade pública reconhecido em 336 municípios do RS, incluindo a capital: impactos das enchentes e medidas emergenciais em vigor.

O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul, incluindo a capital gaúcha, Porto Alegre. Essa decisão permite que os municípios tenham acesso facilitado a recursos federais para lidar com a situação de emergência. A medida foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União, levando em consideração que dos 497 municípios do estado, 364 foram afetados.

Os impactos das fortes chuvas na região foram devastadores, resultando em 83 mortes em 38 municípios. Além disso, outras quatro mortes estão sob investigação, suspeitas de estarem relacionadas aos eventos meteorológicos. O número de desaparecidos chega a 111, enquanto 291 pessoas ficaram feridas, 129.279 estão desalojadas e um total de 873.275 foram afetadas pelas enchentes.

O rio Guaíba, que corta a capital gaúcha, atingiu o nível de 5,26 metros, superando o recorde anterior de 4,76 metros registrado em 1941. A situação é preocupante, considerando que o limite para inundações é de 3 metros, o que indica possíveis danos significativos aos municípios afetados.

A situação de calamidade em Porto Alegre ainda não chegou ao fim e a previsão é de que leve dias para que os níveis de água voltem a patamares seguros. O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou em entrevista à GloboNews que haverá uma retenção no nível do rio Guaíba durante toda a semana.

Diante desse cenário, o prefeito da capital, Sebastião Melo, aconselhou os moradores a buscarem refúgio em cidades litorâneas, especialmente aqueles que possuem residências no litoral. Melo destacou que as praias não foram tão afetadas pelas chuvas quanto a região central do estado, oferecendo uma opção mais segura para a população.

A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul continua a impactar milhares de pessoas, exigindo uma resposta rápida e eficaz das autoridades para minimizar os danos e prestar assistência às comunidades afetadas.

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