Nesta semana, o presidente venezuelano Nicolás Maduro comemorou sua reeleição após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo governo, afirmar que ele foi reeleito com 80% das urnas apuradas. A proclamação da vitória de Maduro gerou desconfiança nos Estados Unidos e em países europeus, que continuam alinhados com a oposição ao governo venezuelano.
Segundo especialistas consultados pelo UOL, a divulgação das atas das eleições não foi suficiente para dissipar as dúvidas em relação à legitimidade do processo eleitoral. O governo brasileiro impôs a condição de verificar as atas para reconhecer o resultado das urnas, mas a comunidade internacional ainda mantém a desconfiança em relação à reeleição de Maduro.
O historiador Rafael Araújo, professor da Uerj, destacou que os EUA e os países europeus continuam alinhados com a oposição e devem manter sua postura crítica em relação ao governo de Maduro. Para Araújo, a divulgação das atas não será suficiente para mudar a percepção desses países sobre o resultado das eleições.
Já o especialista em relações internacionais Gilberto Maringoni afirmou que Maduro terá o desafio de romper com o isolamento internacional e superar as acusações de fraude que pairam sobre o pleito. Maringoni ressaltou a importância de Maduro reconquistar a confiança da comunidade internacional para garantir a estabilidade política e econômica do país.
Com a reeleição de Nicolás Maduro, a Venezuela enfrenta um cenário de incerteza política e econômica, com a persistência da desconfiança internacional em relação ao processo eleitoral. O presidente terá o desafio de reconstruir sua imagem no cenário internacional e garantir a governabilidade do país nos próximos anos.