Especialistas explicam por que o termo ‘pornografia infantil’ está sendo substituído por ‘abuso sexual de crianças’

No cenário atual, o termo “pornografia infantil” está sendo cada vez mais evitado e considerado inadequado por profissionais da área de comunicação e especialistas em direitos humanos. A justificativa para essa mudança linguística está relacionada à forma como o uso desse termo pode minimizar a gravidade e a natureza criminosa dos atos envolvidos na exploração sexual de crianças e adolescentes.

Ao utilizar a expressão “pornografia infantil”, há uma tendência a focalizar apenas no conteúdo pornográfico em si, desconsiderando o fato de que se trata de um crime hediondo que viola os direitos básicos e a integridade de menores de idade. A pornografia infantil não é uma simples produção de material visual explícito, mas sim um agravante de uma série de abusos e violências cometidos contra crianças e adolescentes.

Por isso, é importante adotar um vocabulário mais preciso e adequado ao se referir a esse tipo de crime. Termos como “exploração sexual de crianças” ou “abuso sexual infantil” são mais apropriados, pois destacam a gravidade e a violência envolvida nesse tipo de crime, além de colocar o foco no agressor e nas vítimas, ao invés de glamourizar ou normalizar a prática criminosa.

Diante desse contexto, profissionais da comunicação e organizações de defesa dos direitos das crianças estão cada vez mais atentos à importância da linguagem utilizada ao abordar o tema da exploração sexual de menores. A mudança de termos como “pornografia infantil” para expressões mais precisas e sensíveis é fundamental para promover uma maior conscientização da sociedade sobre a gravidade desse tipo de crime e para combater a banalização e a invisibilidade das vítimas envolvidas.

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