O governo brasileiro, representado pelo Itamaraty, também demonstra apreensão com a situação na Venezuela. O ex-chanceler Celso Amorim foi enviado para acompanhar o pleito no país vizinho, mas a incerteza em torno do processo eleitoral causa preocupação no Planalto. A diplomacia brasileira tem seguido a linha do presidente Lula, afirmando que a decisão sobre as eleições cabe ao povo venezuelano, mas há dúvidas sobre como agir caso Maduro cumpra suas ameaças.
Enquanto isso, o principal rival de Maduro, Edmundo González Urrutia, pediu o respeito ao resultado das eleições e instou as Forças Armadas venezuelanas a protegerem a Constituição e garantirem a vontade do povo soberano. Lula, por sua vez, justificou sua postura de não interferir nos assuntos internos dos países vizinhos, argumentando que o Brasil deve manter boas relações com todas as nações.
No entanto, a falta de posicionamento firme do presidente brasileiro em relação à situação na Venezuela tem gerado questionamentos e críticas. Diante de um cenário de incerteza e instabilidade política no país vizinho, tanto o governo brasileiro quanto a opinião pública aguardam por ações mais concretas e decisivas por parte de Lula e de suas autoridades diplomáticas.