O advogado Renê Koerner, que representa a igreja, confirmou a informação de que Denise também foi afastada de suas funções dentro da Bola de Neve. O afastamento foi anunciado nos perfis oficiais da igreja nas redes sociais no último sábado. Com a saída de seu fundador, a liderança passa para o conselho, que agora terá o poder de decisão na entidade religiosa.
Segundo a advogada Gabriela Manssur, que representa Denise, a transição de comando para o conselho foi considerada uma estratégia de Rina para manter o controle sobre a igreja. Ela afirmou que sua cliente não foi comunicada do afastamento e que não autorizou essa medida, alegando que não possui respaldo legal. Além disso, a Justiça emitiu uma medida protetiva em favor de Denise, impedindo que Rina se aproxime dela ou de seus familiares.
Denise, por sua vez, retornou para a casa em que morava com o apóstolo após ele deixar o local. A advogada destacou que apresentou provas, como fotos, vídeos e áudios, para respaldar as denúncias e garantir a proteção de Denise. A situação tornou-se ainda mais complexa com a recusa da Justiça em apreender a arma que o apóstolo possui.
Diante desse cenário de tensão e acusações, a Bola de Neve anunciou a implementação de medidas internas, como a criação de uma ouvidoria, um conselho de ética e a contratação de uma empresa de compliance para auxiliar na reorganização da igreja. A instituição também se comprometeu a dar suporte aos pastores que optarem por permanecer em seu quadro.
Essas revelações ocorrem em um momento delicado para a igreja, que já havia sido abalada por acusações de irregularidades econômicas envolvendo líderes do grupo. Com a contratação da empresa de compliance e a adoção de outras medidas, a Bola de Neve busca restaurar a confiança de seus fiéis e promover uma nova era de transparência e responsabilidade em suas ações.