O fundador da empresa, João Ricardo Mendes, também foi alvo da operação e deixou o cargo de CEO em meio a escândalos. Segundo informações vazadas, Mendes teria xingado funcionários e vazado dados de clientes que reclamaram de práticas fraudulentas da empresa.
A 123milhas, que antes era celebrada como um exemplo de iniciativa disruptiva, agora se vê no centro de uma investigação por fraude bilionária em seus balanços. Este caso levanta a questão sobre quantos outros negócios, muitas vezes incensados como exemplo de genialidade empresarial, podem estar envolvidos em práticas ilegais.
A situação da 123milhas também lança luz sobre as falhas nos sistemas de regulação e controle de empresas, que permitem que companhias acumulem dívidas bilionárias e prejudiquem clientes e trabalhadores sem sofrer as devidas punições.
Além disso, a questão das relações trabalhistas em empresas disruptivas como a 123milhas traz à tona a discussão sobre a exploração de trabalhadores em plataformas digitais, como os motociclistas que fazem entregas para aplicativos de entrega.
O caso da 123milhas levanta questões sobre a responsabilidade efectiva dos empresários de arcar com as consequências de suas práticas fraudulentas, incluindo o pagamento de clientes, trabalhadores, fornecedores e investidores com juros, correção monetária e danos morais.
A situação ainda aguarda uma solução, enquanto a Justiça bloqueou os bens dos sócios da empresa, resta saber se os prejudicados serão devidamente compensados. Este é um caso que ecoa a importância da fiscalização rigorosa e da responsabilização dos envolvidos em escândalos corporativos.