Segundo informações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que está à frente do caso, a investigação revelou indícios de uma “organização infiltrada na Abin” com o intuito de obter vantagens políticas, disseminar desinformação, atacar adversários políticos e desestabilizar as instituições republicanas. Ramagem veio a público declarar sua inocência, afirmando que a investigação busca apenas criar ilações e conjecturas superficiais.
No entanto, a situação do ex-diretor se agravou quando o STF divulgou um áudio de uma reunião realizada em agosto de 2020, na qual Ramagem e duas advogadas discutiram estratégias para resolver questões judiciais envolvendo o filho do então presidente, o senador Flávio Bolsonaro. A gravação envolvendo Jair Bolsonaro deixou o presidente furioso, segundo relatos da imprensa.
Em meio a esse turbilhão de acontecimentos, a postura de Ramagem tem sido de negar as acusações e afirmar sua inocência perante as acusações de envolvimento em supostas ações ilícitas. A situação coloca em xeque não apenas a conduta do ex-diretor da Abin, mas também a relação do Governo com órgãos de inteligência e segurança do país. O desenrolar dos fatos promete continuar acirrando os ânimos e gerando repercussões nos próximos dias.