A revelação causou revolta entre os leitores, que questionaram a postura do jornal e do seu dono, que teria se envolvido diretamente em um processo político de extrema gravidade. Além disso, a matéria também resgatou um episódio obscuro da história do país, trazendo à tona a participação do ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, no golpe que depôs Allende.
As lideranças políticas locais também se pronunciaram a respeito do caso, demonstrando repúdio à atuação do jornal e de seu proprietário. O governo, por sua vez, declarou que irá investigar o ocorrido e tomará as medidas cabíveis para esclarecer o papel do El Mercurio no golpe.
O episódio reacende o debate sobre a liberdade de imprensa e a responsabilidade dos veículos de comunicação, especialmente em momentos políticos delicados. A opinião pública se dividiu entre aqueles que apoiam a atuação do jornal, considerando-a um ato de luta contra um governo que consideravam ilegítimo, e os que repudiam a participação do veículo de comunicação em um evento que resultou em violações de direitos humanos.
A repercussão do caso também alcançou outros meios de comunicação, que repercutiram a notícia e trouxeram à tona outras denúncias envolvendo o El Mercurio. A sociedade civil, por sua vez, se mobilizou em manifestações em frente à sede do jornal, exigindo transparência e responsabilização dos envolvidos.
Diante de toda essa comoção, o El Mercurio divulgou uma nota oficial, se retratando pelo ocorrido e afirmando o compromisso do jornal com a ética e a imparcialidade jornalística. Além disso, a publicação prometeu abrir espaço para a veiculação de opiniões divergentes, visando garantir a pluralidade de vozes em seu conteúdo.
No entanto, o episódio não passou despercebido pelas autoridades, que prometeram abrir investigações e tomar as medidas necessárias diante das revelações envolvendo o El Mercurio. A sociedade segue acompanhando os desdobramentos do caso, exigindo transparência e responsabilidade por parte do jornal e de seus proprietários.