Repórter São Paulo – SP – Brasil

Equipes da PRF e Funai são alvo de tiros na Terra Indígena Apyterewa, no Pará, durante operação de retirada de invasores.

Nesta segunda-feira (4), equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) que atuam na retirada de invasores da Terra Indígena Apyterewa, no Pará, foram alvo de tiros, de acordo com a Secretaria de Comunicação do governo federal.

Durante a ação, um agente da Funai foi atingido por um tiro no tornozelo e precisou passar por avaliação médica. Ele será levado em uma aeronave da PRF para Marabá, onde passará por cirurgia para a remoção da bala alojada. Além disso, as equipes foram alvo de emboscadas em três pontos distintos no retorno do ramal Vitória, na terra indígena, com dois tiros atingindo também duas viaturas. A equipe da Funai precisou se esconder na mata até a chegada do resgate, devido aos pneus furados.

Após buscas, a equipe de resgate conseguiu localizar todos os integrantes das equipes por volta das 19h40, permitindo que retornassem em segurança para a base, conforme informado pelo governo.

A Secretaria de Comunicação destacou que os ataques não foram casos isolados, pois as equipes têm enfrentado emboscadas e sabotagens recorrentes por parte dos invasores da terra indígena. Em novembro, uma equipe da Funai e do Ministério do Trabalho já havia sido vítima de disparos que não feriram ninguém. Além disso, houve relatos de uma placa recém-instalada que identificava a Terra Indígena Apyterewa ter sido alvejada por tiros e depois removida, em uma clara tentativa de intimidação durante o processo de desintrusão.

A nota do governo ressaltou que os invasores têm empregado técnicas de sabotagem, incluindo a destruição de mais de 20 pontes no interior e proximidade das terras indígenas, a derrubada de árvores nas estradas e a utilização de pregos para danificar viaturas, intensificando o risco de acidentes.

Além disso, o balanço da operação mostra que já foram realizadas 681 vistorias a áreas irregulares, ocasião em que foi constatada a desocupação de 524 estruturas, sendo que 217 delas já foram inutilizadas, em cumprimento a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Justiça Federal, que ordenaram a destruição de estruturas irregulares na terra indígena. Quanto às famílias, o governo afirma que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) está realizando cadastros para avaliação quanto à inclusão em programas sociais e assentamentos.

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