No dia 15 de outubro, o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, negou a veracidade da notícia em uma postagem no Twitter. No entanto, antes da publicação original da reportagem, um porta-voz do WhatsApp não contestou a informação de que a ideia foi discutida dentro da empresa.
Essa possibilidade tem gerado debates internos na empresa devido a preocupações de que a inserção de anúncios possa repelir os usuários. Além disso, a empresa também está considerando a cobrança de uma taxa de assinatura para uma versão sem anúncios do aplicativo, mas essa medida também enfrenta resistência por parte de muitos funcionários.
Vale ressaltar que, antes de ser adquirido pelo Facebook em 2014 por US$ 19 bilhões, o WhatsApp tinha como lema “Sem anúncios! Sem jogos! Sem truques!”. A discussão atual sobre a possibilidade de inserir anúncios na plataforma destaca o desejo da Meta de lucrar com uma das poucas plataformas que ainda não contam com publicidade.
A Meta tem buscado fortalecer sua receita publicitária, especialmente após um período de incerteza macroeconômica. No mês de julho, a empresa relatou seu primeiro crescimento de receita de dois dígitos desde 2021, com a maior parte proveniente da publicidade no segundo trimestre.
Há diversas oportunidades quando se trata de publicidade no WhatsApp, de acordo com Ed East, CEO da agência de publicidade Billion Dollar Boy. No entanto, essa perspectiva atrativa para os profissionais de marketing também apresenta o risco de ser vista como “intrusiva” pelos usuários.
Uma preocupação dos executivos seniores da empresa é que a inserção de anúncios possa prejudicar a experiência do usuário no WhatsApp e levá-los a abandonar o aplicativo em busca de outras opções gratuitas disponíveis.
Apesar disso, o WhatsApp já testou recentemente um recurso que permite que empresas enviem mensagens de marketing direto para usuários que consentirem em recebê-las. Caso esse recurso seja lançado, os usuários do WhatsApp veriam anúncios ao lado das conversas com amigos e parentes, de forma semelhante ao que ocorre no Facebook Messenger e nos emails do Gmail.
O WhatsApp conta com 2,23 bilhões de usuários ativos mensais, sendo mais popular do que o Instagram e o Facebook Messenger, de acordo com dados da empresa de análise de aplicativos móveis data.ai.
Em resumo, as equipes da Meta têm debatido a possibilidade de inserir anúncios no WhatsApp, mas ainda não foi tomada uma decisão final. A empresa tem buscado fortalecer sua receita publicitária e está considerando a cobrança de uma taxa de assinatura para uma versão sem anúncios do aplicativo. Porém, há preocupações internas de que essas medidas possam afetar negativamente a experiência dos usuários e levá-los a buscar opções gratuitas.
