De acordo com o chefe do Departamento de Vigilância e Epidemiologia da AMS, Luciano Simplício Sobrinho, o idoso já havia sido hospitalizado em novembro deste ano e voltou a ser internado em 14 de dezembro com quadro de infecção urinária. Apesar de não ter apresentado nenhuma manifestação clínica indicativa de dengue, um teste rápido foi realizado e o idoso testou positivo para a doença. “O teste rápido pode dar resultado cruzado com outras doenças. Mas a morte está sendo investigada”, afirmou Sobrinho.
Esta é a segunda morte por suspeita de dengue investigada no município. A primeira é de um jovem de 22 anos que morreu na madrugada do último sábado (13), no Hospital da Providência. Segundo a epidemiologia, o rapaz foi atendido no dia 8 de janeiro pela atenção primária com sintomas de dengue. Na sexta-feira (12) ele retornou a Unidade Básica de Saúde (UBS) e na sequência foi encaminhado ao hospital após complicações.
Apucarana enfrenta uma epidemia de dengue com 801 casos confirmados no último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em 9 de janeiro. No boletim anterior, de 19 de dezembro, eram 152, o que representa um aumento de 649 casos, o equivalente a 427%. Segundo levantamento da Sesa, a 16ª Regional de Saúde de Apucarana é a regional com maior número de casos de dengue no estado:1.488.
Diante desse cenário preocupante, a Autarquia Municipal de Saúde está intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. As equipes de controle de endemias estão realizando mutirões de limpeza, vistoriando imóveis e orientando a população sobre medidas de prevenção. Além disso, é fundamental que a comunidade se engaje na eliminação de possíveis focos do mosquito, evitando o acúmulo de água parada em recipientes como vasos de plantas, pneus, caixas d’água, entre outros.
As autoridades de saúde alertam para a gravidade da situação e reforçam a importância do cuidado e prevenção contra a dengue, especialmente em um momento em que o sistema de saúde já está sobrecarregado devido à pandemia de Covid-19. A população precisa se conscientizar sobre a gravidade da doença e adotar as medidas necessárias para evitar a proliferação do mosquito transmissor. A união de esforços entre poder público e sociedade civil é fundamental para combater essa grave questão de saúde pública.
