A comunidade internacional tem debatido a melhor forma de lidar com o governo talibã, que ainda não é reconhecido oficialmente por nenhum outro Estado, principalmente devido às restrições que impôs às mulheres desde que assumiu o poder, as quais foram descritas pela ONU como “segregação de gênero”. Os talibãs não foram convidados para a primeira rodada de negociações em Doha no ano passado e rejeitaram o convite para a segunda em fevereiro, exigindo ser os únicos representantes afegãos. Essa condição foi atendida nesta rodada de negociações, na qual os representantes da sociedade civil foram excluídos e participarão de outras reuniões na terça-feira, após as negociações oficiais.
Zakir Jalaly, funcionário da Chancelaria do governo talibã, ressaltou que qualquer reunião realizada após esta segunda-feira não terá relação com a agenda oficial. A expectativa é que essas negociações sirvam como um passo importante em direção a um diálogo contínuo e construtivo entre a comunidade internacional e as autoridades talibãs, visando estabelecer um ambiente mais seguro e estável para a população afegã. Os próximos dias serão decisivos para definir os rumos dessas conversas e as possíveis ações futuras a serem tomadas.