Entidades indígenas solicitam plano emergencial de combate às secas na Amazônia a presidentes de países da região

Um comunicado assinado por 25 entidades de defesa dos direitos dos povos indígenas foi encaminhado aos presidentes dos oito países que possuem territórios na Amazônia, solicitando um plano emergencial para enfrentar a seca na região. O documento, que também foi enviado ao presidente da França e à secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), alerta para os níveis críticos de redução no volume dos rios da Amazônia e os impactos negativos disso na subsistência dos povos indígenas e no equilíbrio ambiental global.

Segundo as entidades, a seca na Amazônia é sem precedentes e ameaça não apenas a sobrevivência das comunidades indígenas, mas também o equilíbrio climático do planeta. Elas atribuem esse fenômeno climático à exploração mineira, à expansão agrícola e às alterações climáticas.

No comunicado, as entidades propõem uma série de medidas para os países da região. Primeiramente, pedem a aplicação das iniciativas acordadas na Cúpula da Amazônia, ocorrida em agosto em Belém. Nesse encontro, os representantes dos oito países concordaram em proteger os territórios indígenas como forma de defender o bioma amazônico.

As entidades também solicitam a definição de políticas de proteção dos recursos hídricos da Amazônia, além de medidas mais rigorosas de combate ao desmatamento e de recuperação de áreas danificadas. O documento também destaca a necessidade de estabelecer estratégias para que as cidades amazônicas possam se desenvolver sem pressionar pela demanda de recursos naturais da floresta.

No encerramento do comunicado, os signatários ressaltam a importância da Amazônia para a biodiversidade e o equilíbrio climático global. Eles afirmam que ações imediatas e decisivas são essenciais para a sobrevivência da região e para a preservação do legado dos povos indígenas.

A seca na Amazônia é uma preocupação crescente, já que isso afeta diretamente o estilo de vida dos povos indígenas, que dependem fortemente dos recursos obtidos da fauna e flora locais. Além disso, os impactos ambientais são significativos e podem ter consequências globais. Portanto, é fundamental que os presidentes dos países amazônicos atendam a esse pedido urgente das entidades indígenas e implementem medidas efetivas para enfrentar a seca na região.

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