Entidades acusam Colégio Porto Seguro de segregação entre alunos bolsistas e pagantes e pedem indenização milionária em ação civil.

A polêmica envolvendo o Colégio Porto Seguro, uma das instituições de ensino mais tradicionais de São Paulo, ganhou destaque nesta semana após entidades como a Educafro, a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced) e a Ponteduca acusarem a escola de segregação entre alunos bolsistas e pagantes.

Segundo a denúncia apresentada em uma ação civil pública, as ONGs argumentam que os bolsistas estariam sendo segregados em uma unidade separada, localizada na Vila Andrade, enquanto os alunos pagantes frequentam o câmpus do Morumbi, ambos na zona sul da capital paulista. Além disso, as entidades apontam disparidades de estrutura entre as duas unidades, com a unidade do Morumbi contando com ampla infraestrutura esportiva e de lazer, enquanto a unidade da Vila Andrade possui apenas uma quadra de esportes.

O padre David dos Santos, diretor geral da Educafro, criticou a situação, afirmando que os alunos bolsistas estariam sendo tratados como de segunda classe em comparação aos alunos pagantes. No entanto, o líder comunitário de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, discorda das acusações, ressaltando que a região é beneficiada pela Escola da Comunidade, que integra o colégio e oferece ensino regular e educação de jovens e adultos.

A diretoria do Colégio Porto Seguro se defendeu das acusações, alegando que a criação da unidade Vila Andrade foi motivada pela necessidade de ampliar o número de bolsas de estudo e pela falta de espaço físico na unidade Morumbi. Além disso, a escola explicou que a restrição de circulação de alunos de uma unidade para outra é uma medida de segurança adotada pela instituição.

Diante do cenário de acusações e defesas, a questão da equidade racial e social no ambiente escolar ganha destaque, colocando em debate a importância de garantir igualdade de oportunidades e tratamento aos alunos, independentemente de sua condição socioeconômica. Ações como essa evidenciam a necessidade de fiscalização e acompanhamento por parte das autoridades competentes para assegurar que todas as instituições de ensino cumpram as leis e garantam um ambiente educacional justo e igualitário para todos os estudantes.

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