No início do século XX, milhares de judeus migraram para a região da Palestina impulsionados pelo movimento sionista, que defendia a criação de um Estado judeu como uma solução ao antissemitismo na Europa. No entanto, a região já era habitada por palestinos há séculos e a migração de judeus provocou insatisfação entre a população local.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o controle da região passou do Império Otomano para o Império Britânico, que prometeu aos judeus a criação de um Estado judeu ao final do conflito. Em 1947, a ONU decidiu dividir o território da Palestina, dando a mais da metade para Israel e o restante para os palestinos, incluindo a Faixa de Gaza.
Após a Segunda Guerra Mundial, onde milhões de judeus foram mortos, o Reino Unido desistiu do controle sobre a região, aumentando as tensões entre árabes e judeus. Em 1948, o Estado de Israel foi criado e a primeira guerra árabe-israelense começou, resultando na vitória de Israel e no deslocamento de dezenas de milhares de palestinos, que se refugiaram em Gaza.
A Faixa de Gaza ficou sob o controle do Egito durante duas décadas, permitindo aos palestinos trabalhar e estudar no país. No entanto, em 1967, Israel capturou a Faixa de Gaza e parte da Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias. As tropas israelenses permaneceram na região para administrá-la e proteger os assentamentos israelenses.
Na década de 1980, ocorreu a primeira revolta palestina e a criação do Hamas, um grupo armado dedicado à destruição de Israel e rival do partido Fatah, principal movimento político palestino. Na década de 1990, os Acordos de Oslo foram assinados, levando à criação da Autoridade Palestina, que inicialmente recebeu o controle limitado de Gaza.
Nos anos 2000, ataques e combates intensos ocorreram entre Israel e os palestinos, com Israel retirando suas tropas e colonos de Gaza em 2005. Em 2006, o Hamas obteve uma vitória surpreendente nas eleições palestinas e assumiu o controle total de Gaza, resultando no corte da ajuda internacional para a região.
Nos últimos anos, os confrontos entre Hamas e Israel têm aumentado, com ataques de foguetes e mísseis de ambos os lados. Antes do atual conflito, em 2014, ocorreram alguns dos piores combates, com milhares de mortes de palestinos, a maioria civis.
A situação em Gaza continua sendo um dos principais focos de tensão no conflito entre Israel e Palestina, com a população enfrentando dificuldades econômicas e humanitárias. A resolução do conflito e a busca por uma solução justa e duradoura permanecem desafios urgentes para a comunidade internacional.