O engenheiro, que trabalha no Google Cloud, serviço de nuvem da gigante tecnológica, afirmou que se recusa a desenvolver tecnologia que possa ser utilizada para genocídios, apartheid ou vigilância. Ele mencionou especificamente o Project Nimbus, um projeto de computação em nuvem e inteligência artificial de US$ 1,2 bilhão envolvendo o Google, a Amazon e o governo israelense, incluindo as Forças de Defesa de Israel (IDF).
Documentos obtidos pelo Intercept revelaram que o poder tecnológico do Projeto Nimbus pode ser empregado para fins de vigilância, o que gerou preocupações entre os funcionários envolvidos no desenvolvimento. A ação do engenheiro durante a apresentação de Barak Regev foi organizada pela campanha nacional No Tech for Apartheid, composta por profissionais de empresas de tecnologia dos EUA, destacando o Project Nimbus como um dos principais alvos de crítica.
Após a interrupção no evento, o diretor do Google, Barak Regev, afirmou que parte do privilégio de trabalhar em uma empresa democrática é permitir diferentes opiniões, mesmo que divergentes. A discussão evidenciou a crescente pressão sobre Israel para enfrentar a crise humanitária na Faixa de Gaza, intensificada após o incidente em que tropas israelenses dispararam contra civis palestinos que aguardavam ajuda.
Os apelos por ações mais efetivas por parte de Israel para resolver a crise humanitária na região têm se multiplicado diante do crescente número de mortos e feridos, conforme relatado pelo Ministério da Saúde de Gaza. A situação na região permanece tensa, com desafios cada vez maiores para encontrar soluções que satisfaçam ambas as partes envolvidas. A repercussão internacional do incidente certamente influenciará as futuras ações das empresas de tecnologia e governos envolvidos.
