Até as 18h30, cerca de 340 mil clientes ainda estavam sem energia elétrica na capital e na Grande São Paulo, três dias após o início do apagão. A Enel informou que aproximadamente 1,7 milhão de residências tiveram o fornecimento de energia restabelecido até o momento. No entanto, vale ressaltar que esse número corresponde a pontos de instalação, o que significa que o total de pessoas afetadas pode ser ainda maior.
A companhia indicou que trechos inteiros da rede foram danificados, sendo necessário reconstruir e substituir postes, transformadores e outros equipamentos danificados. Além disso, helicópteros foram utilizados para identificar falhas em locais de difícil acesso, agilizando o processo de reparo.
Os impactos da chuva e do vendaval foram mais intensos nas regiões oeste e sul da capital, assim como em municípios como Carapicuíba, Taboão da Serra, Cotia, Osasco e Barueri. A Enel recomendou que os clientes sem energia elétrica priorizem os canais digitais para abertura de chamados, como enviar um SMS ou utilizar o aplicativo da empresa.
Diante da pressão do governo federal, representantes do governo Lula criticaram a Enel e ameaçaram a renovação da concessão da empresa. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, atribuiu parte da responsabilidade pelo apagão à falta de planejamento urbano na área de concessão da Enel-SP, mencionando a necessidade de cuidado por parte da prefeitura da cidade. O ministro Vinícius Carvalho, da CGU, apontou que a Aneel poderá abrir um processo contra a Enel, com possíveis consequências para a concessão da empresa.
Diante desse cenário, a Enel tem buscado soluções e apoio para reverter o apagão e restabelecer o fornecimento de energia elétrica para todos os clientes afetados. A empresa permanece empenhada em resolver a situação o mais rápido possível.